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HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2015 Kathie DeNosky

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

À maneira dele, n.º 1300 - março 2017

Título original: The Cowboy’s Way

Publicada originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9230-9

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

Quando se sentaram na sala de jantar de Sam e Bria Rafferty após a deliciosa ceia de Natal que as suas cunhadas tinham preparado, T. J. Malloy não conseguiu evitar um sorriso. Ouviu com atenção os planos dos seus irmãos adotivos para os próximos dias e para a festa familiar de Ano Novo, que se celebraria no rancho de T. J. Como sempre, não faltavam as brincadeiras e as gargalhadas, nem as caretas e barulhinhos que toda a gente fazia, para gáudio das crianças mais novas. A vida era maravilhosa, e aos trinta e dois anos T. J. não podia considerar-se mais sortudo.

Graças ao seu pai adotivo, Hank Calvert, T. J. e os outros cinco irmãos que tinham ficado sob sua responsabilidade sendo uns jovens descarrilados, tinham endireitado as suas vidas e tinham criado uns laços familiares que T. J. valorizava acima de tudo. Inclusive mais do que o seu próprio rancho, onde se dedicava a treinar cavalos, o sonho de toda a sua vida. E graças aos seus acertados investimentos tinha mais dinheiro no banco do que conseguiria gastar em três ou quatro vidas.

Sim, definitivamente era um homem sortudo e sabia disso.

– É a tua vez, T. J. – disse-lhe Bria com um sorriso enquanto servia fatias de tarte caseira. – Que planos tens para a semana?

– Os mesmos de todos os anos – respondeu ele, devolvendo o sorriso à cunhada. – Passarei a semana a treinar os meus cavalos e à espera da vossa visita na passagem do ano.

Quatro anos antes, ao comprar o rancho Dusty Diamond e erguer a sua enorme mansão, a família decidira que seria ali a reunião familiar de Ano Novo. Havia quartos de sobra para albergar a família toda, e assim não teriam de conduzir com uns copos a mais. Os seus irmãos levavam as esposas ou namoradas e depois de deitarem as crianças ficavam a falar ou a ver um filme. Tinha-se tornado numa tradição, e T. J. esperava sempre esse dia com grande ansiedade.

– Tens alguma mulher para nos acompanhar este ano? – perguntou Nate Rafferty com um sorriso de orelha a orelha.

Nate e Sam eram os únicos irmãos biológicos do grupo, mas não se pareciam em nada. Sam era um pai de família felizmente casado, enquanto Nate era um mulherengo cujo único propósito na vida parecia ser sair com todas as mulheres solteiras do sudoeste. Isso não o fazia ser, no entanto, menos leal do que os filhos adotivos de Hank. A todos lhes tinha sido inculcado um profundo sentido da retidão e lealdade, e nesse aspeto Nate era tal como os outros.

– O T. J. já tem uma mulher, Nate – disse Lane Donaldson, rindo enquanto rodeava com o braço a sua mulher, Taylor. – Mas por alguma estranha razão, não pedirá à vizinha que se una a nós.

– Tinhas de trazer esse tema à baila, não era, Freud? – replicou T. J., abanando a cabeça desgostoso. Devia estar à espera que Lane fizesse um comentário como aquele. Tendo um doutoramento em Psicologia, sabia como provocar cada um deles. – Ela e o seu garanhão estão de um lado da cerca e eu estou do outro. Fim da discussão.

Wilson era vizinha de T. J. há dois anos, e ele só a tinha visto algumas vezes, mas os seus irmãos estavam sempre a brincar com o suposto interesse que ele tinha na sua temperamental vizinha, apesar de o único que sabia sobre ela ser que não tinha o menor cuidado com o seu cavalo. Nem sequer sabia o seu nome original, nem queria saber.

– Não a viste desde que construímos a cerca entre o teu rancho e o dela, na primavera? – perguntou Sam, tentando evitar os bocados de puré de batata que o seu filho de dez meses lhe atirava.

– Não. Não a vi, nem a ela nem ao seu cavalo, e por mim, melhor assim – não pôde evitar uma gargalhada quando o pequeno Hank acertou com o puré no nariz de Sam.

– E agora que já resolveste o problema do cavalo dela saltar a cerca, de que te vais queixar? – perguntou Ryder McClain, rindo também. Mas o seu riso transformou-se num gemido quando a sua filha mais nova, Katie, lhe vomitou a sua impecável camisa.

– Obrigado, Katie – disse T. J., encarregando-se da menina enquanto a sua cunhada Summer limpava o ombro do marido. – Uma boa forma de mandar calar o teu pai.

– É melhor teres cuidado ou podes ser o seguinte – advertiu Ryder. – Parece que o cheiro de uma camisa limpa provoca vómitos na minha filha.

Ryder era o mais pacato dos irmãos, e também o mais intrépido. Cavaleiro de rodeos, dedicava-se a evitar que os cavaleiros sofressem graves lesões, mas após ter-se casado com Summer e ter tido a pequena Katie, tinha abandonado a carreira profissional e só participava nos rodeos onde Nate e Jaron competiam. T. J. sabia que Ryder queria certificar-se que os seus irmãos corressem o menor risco possível com os touros na sua corrida para o campeonato nacional, mas também sabia que Ryder jamais o admitiria em voz alta.

– Vens à festa, Mariah? – quis saber Taylor, a mulher de Lane.

– Acho que não – respondeu a irmã mais nova de Bria. – Conheci alguém e convidou-me para ir com ele à festa de Ano Novo num clube de Dallas.

Toda a gente olhou para Jaron para ver como reagia à inesperada notícia de Mariah. Não era nenhum segredo que os dois se tinham sentido atraídos assim que se conheceram, mas nessa altura Mariah tinha apenas dezoito anos, e Jaron, com vinte e seis, tinha decidido que era demasiado velho para ela. Infelizmente, sete anos depois Jaron mantinha-se na mesma postura, e Mariah parecia ter-se cansado de esperar.

– Fico feliz por ti – disse Jaron bruscamente, quebrando o silêncio. – Espero que te divirtas.

Aparentemente parecia sincero, mas T. J. conhecia bem o irmão. Jaron era mais reservado do que o resto da família, e não era fácil adivinhar o que estava a pensar, mas quando se chateava a sua voz adquiria um tom inconfundivelmente frio. Como naquele momento. Jaron estava a avisá-los que não estava com disposição para aguentar brincadeiras sobre Mariah. E T. J. sabia que todos os irmãos o respeitariam.

– E tu, Nate? – perguntou T. J., esperando aliviar um pouco a tensão. – Vais trazer alguém este ano?

Nate disse que não com a cabeça.

– Há algumas semanas comprei o rancho Twin Oaks – declarou com orgulho, – e não tive tempo para pensar em mais nada.

– Quando foi isso? – perguntou T. J. surpreendido. – Não me lembro que tenhas dito alguma coisa quando nos reunimos para o dia de Ação de Graças.

– Não queria anunciar antes de fechar o acordo – respondeu Nate enquanto punha um grande pedaço de tarte na boca.

A T. J. não lhe pareceu estranho que Nate fosse tão supersticioso. Todos os cavaleiros de rodeo o eram, em maior ou menor medida. Inclusive ele tinha respeitado escrupulosamente alguns rituais quando competia.

– Vais criar raízes, por fim? – perguntou Sam com algum ceticismo.

– Não me interpretes mal, irmão, mas jamais imaginei que assentarias a cabeça – acrescentou Ryder.

– Só comprei um rancho – disse Nate com um sorriso. – Não disse que vá criar raízes nem nada disso.

– Quando pensas instalar-te no teu novo antro de perdição? – perguntou-lhe T. J. enquanto passava a criança a Summer para que lhe desse o biberão.

– De momento não – respondeu Nate, comendo outro pedaço de tarte. – Antes tenho de fazer algumas obras, como deitar abaixo umas paredes para ampliar a sala e mudar a canalização e a instalação elétrica. Também tenho de reparar as cercas e construir um celeiro antes de meter o gado.

– Diz-nos como e quando podemos ajudar e lá estaremos – ofereceu Lane, falando em nome de todos eles.

– Vou fazer isso – sorriu para as mulheres. – E conto com estas encantadoras damas para a decoração.

– Incluindo o quarto principal? – perguntou T. J.

– Não, para isso tenho as minhas próprias ideias – afirmou Nate com um sorriso malandro.

– De certeza que sim – corroborou Ryder, expressando o que todos pensavam.

– Que tal se saltamos os detalhes? – sugeriu Bria enquanto dava a T. J. uma fatia de tarte. Todos se mostraram de acordo, e o resto da noite decorreu tranquilamente, falando das obras do rancho. Para T. J. foi um grande alívio, pois assim ninguém se lembraria de fazer piadas sobre a sua vizinha. Quando menos lhe falassem dela, melhor.

 

 

Horas depois, após ultimar os planos para a festa, T. J. despediu-se e abandonou a residência de Sam e Bria para voltar ao seu rancho. Tinha estado a chover o dia todo, e quando chegou ao desvio que conduzia ao Dusty Diamond, a tromba de água quase não lhe permitia ver nada.

Mal tinha girado quando viu umas luzes vermelhas a uns cem metros à frente dele. Pareciam os faróis traseiros de um carro, e soube nesse momento que o riacho tinha voltado a galgar as margens. Só acontecia três ou quatro vezes por ano, mas de cada vez que chovia com força o riacho que percorria o seu rancho transformava-se num caudaloso rio de águas embravecidas. E aquele dia tinha chovido tanto que o rio devia estar a bloquear o caminho.

Quem quer que estivesse no veículo precisava de ajuda, e T. J. não ia negar-lha. Conduziu até ao carro cinzento detido a meio do caminho e viu que havia alguém no seu interior. Uma mulher. Rapidamente saiu da carrinha e correu até à porta do condutor.

– Posso ajudá-la, minha senhora? – perguntou enquanto a mulher abria o vidro.

Mas nesse momento a mulher deteve-se e T. J. não soube se o fazia para que não entrasse a chuva no carro ou se pelo facto de que ter sido ele a oferecer-lhe ajuda. A condutora era a sua inimiga Wilson, do rancho vizinho.

Não a via desde a última vez que o seu cavalo saltara a cerca, na primavera, e ele se vira obrigado a levá-lo de novo ao Circle W. Era a décima vez que o maldito garanhão lhe invadia a propriedade para montar as suas éguas, e T. J. já não tinha paciência. Com a ajuda dos irmãos erguera uma cerca de dois metros entre os dois terrenos e pensara que o problema tinha ficado resolvido e que não teria de voltar a lidar com ela.

Aparentemente, tinha-se enganado.

– Mesmo o que eu temia – disse ela, que também não parecia muito contente por o ver.

T. J. não soube se se referia ao temor de não poder atravessar o riacho ou ao facto de ser ele a única ajuda disponível. Fosse como fosse, não estava em posição de escolher, e ele não ia deixá-la sozinha. O seu pai adotivo daria voltas na campa se soubesse que um dos filhos não ajudava uma dama em apuros.

– Mesmo que deixe de chover não poderás voltar ao teu rancho até amanhã – disse-lhe. Estava a gelar debaixo da chuva, e não queria perder tempo em discussões. – Vais ter de acompanhar-me a Dusty Diamond. Podes passar lá a noite.

Ela negou com a cabeça.

– É verdade que somos vizinhos, mas não te conheço e não tenho o menor interesse em travar amizade contigo… sobretudo depois das nossas divergências.

– Asseguro-te que eu também não – declarou ele. – Mas não podes atravessar quinze metros de caudal sem que a corrente te arraste. E nesse caso eu teria de saltar para a água para tentar salvar-te antes de te afogares. Algo que, francamente, preferiria evitar – respirou fundo e tentou controlar-se. – Tens algum outro sítio para onde ir?

Ela olhou fixamente para ele e mordeu o lábio, como se estivesse à procura de outra alternativa.

– Não – admitiu finalmente.

– Bem, pois não vou permitir que fiques no carro a noite toda – disse ele com impaciência.

– Não vais permitir que fique no meu carro? – pelo tom da sua voz T. J. intuiu que lhe tinha tocado a fibra sensível.

– Olha, só tento evitar que passes uma noite horrivelmente incómoda no carro, mas se quiseres ficar aqui em vez de dormir numa cama seca e quentinha… é lá contigo.

Assim que terminou a frase sentiu uma pontada de remorsos. Era compreensível que ela se mostrasse receosa, inclusive assustada, com ele. Não devia ter uma opinião muito boa dele, vendo como se tinha comportado com ela das poucas vezes que tinham estado frente a frente.

– Ouve, lamento – desculpou-se, tentando adotar um tom mais amável. – Está frio, está escuro e estou a ficar ensopado – dedicou-lhe um sorriso amistoso com a esperança de mitigar os seus temores. – Na minha casa está-se muito bem e há muito espaço… E todos os quartos têm chave na porta.

Ela olhou pelo espelho retrovisor para algo que tinha no banco traseiro, hesitou uns instantes e abanou a cabeça.

– Não tenho escolha – murmurou, cansada e derrotada.

– Quando chegarmos a minha casa podes estacionar na garagem – ofereceu ele. – Assim não te molharás antes de entrar.

– Está bem. Sigo-te – aceitou ela, subindo a janela.

T. J. voltou à carrinha, arrancou e certificou-se que a sua vizinha não tinha problemas em arrancar antes de dar meia volta e dirigir-se ao rancho. Ela seguiu-o no seu Toyota, e ao chegar à garagem estacionou entre a carrinha e o Mercedes que T. J. quase nunca conduzia.

Abriu-lhe a porta do carro para que ela saísse… e abafou um gemido ao vê-la. As vezes que lhe tinha levado o seu cavalo e tinha batido à sua porta, aos gritos, como um energúmeno, para que controlasse o animal, estava tão furioso e alterado que não tinha prestado muita atenção ao aspeto da sua vizinha.

Com o seu metro e oitenta e cinco de estatura, T. J. não conhecia muitas mulheres que pudessem olhá-lo nos olhos sem terem de se pôr em bicos dos pés. Mas a sua vizinha era apenas uns centímetros mais baixa do que ele. E quando os seus olhares se encontraram, sentiu que o estômago dava uma reviravolta.

Tinha os olhos mais azuis que tinha visto na sua vida, e uma longa cabeleira loura apanhada num rabo de cavalo. Não era apenas bonita; era arrebatadoramente bonita. T. J. perguntou-se como não tinha reparado antes em semelhante beleza.

Ela virou-se para abrir a porta traseira, mas o que tirou não foi um saco de viagem, mas sim uma criança coberta com uma manta e um saco de fraldas.

Mamã

Heather soube que estava a ponto de começar a chorar. Seth só tinha dois anos e desde os três meses dormia sem problemas durante a noite. Mas não estava acostumado a dormir noutro sítio que não fosse a sua cama e o seu quarto, por isso devia sentir-se confuso e desorientado naquele ambiente desconhecido.

– Está tudo bem, querido.

Acariciou-lhe as costas com esperança de que dormisse um pouco mais antes de pedir o pequeno-almoço. Com a gripe era terrivelmente esgotador ocupar-se sozinha de uma criança pequena e dos cavalos, e apesar de não estar muito grave, necessitava dormir o máximo possível.

Mesmo quando Seth começava a adormecer de novo, um barulho na porta acordou-o e fez com que começasse a choramingar.

Tremendo de frio e sentindo um enorme peso nas pernas, Heather agarrou no filho ao colo e levantou-se para ir abrir a porta, sem se lembrar que só tinha a camisa de flanela de Malloy e umas cuequinhas vestidas.

– O que queres? – grunhiu.

– Pensei que tu e o teu filho podiam querer qualquer coisa para comer – disse Malloy, mostrando-lhe uma bandeja com comida.

Noutras circunstâncias não teria sido tão antipática com ele, mas a ideia de comer dava-lhe a volta ao estômago. E além disso, por culpa de Malloy o seu filho tinha acordado.

– Obrigada, mas… – calou-se ao ver a sua expressão. – O que se passa?

– Permite-me que te ajude a voltares à cama – disse ele, passando junto a ela para deixar a bandeja na cómoda. – Perguntar-te-ia se tens febre, mas já sei a resposta.

– Co-como é que sabes? – os seus dentes pareciam castanholas.

Ele virou-se, tirou-lhe Seth dos braços e passou-lhe um braço pelos ombros para a levar para a cama.

– Intuição – respondeu com um sorriso.

Ao meter-se na cama viu que Seth tinha deixado de chorar e que olhava para a bandeja com interesse.

Mamã, comer.

Ela gemeu e começou a levantar-se, mas Malloy deteve-a.

– Isso significa que tem fome? – ela assentiu e ele assinalou a bandeja. – Preparei umas tostas e ovos mexidos. Achas que me deixa dar-lhe comida enquanto tu descansas?

Ela voltou a assentir e tapou-se com o edredão. Se não estivesse tão cansada ter-se-ia perguntado por que razão T. J. Malloy era tão amável com ela, em vez de estar a pensar em quão atraente era. A única explicação era que estivesse a delirar por culpa da febre. O que necessitava era descansar um pouco para recuperar o juízo e dar comer ao seu filho.